sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Formalismo

Não me amas por quem sou. Me amas pelo que sou. Amas minha forma, meu externo. Não te interessas meu interior, minhas qualidades ou defeitos. Sou um produto com prazo de validade bem definido, estipulado desde o nosso primeiro contato, do nosso primeiro beijo. De que vale meu interior se não pode ser avaliado instantaneamente? Te aténs ao externo, à forma. Teu amor formalista me lisonjeia e me machuca. Me eleva e derruba. No entanto, me submeto à tudo, afinal, melhor um amor formalista que a solidão em meu conteúdo.

Um comentário:

Débora disse...

Texto de sua autoria?! Lindo, Diego!
Já te disse uma vez e vou repetir: Você escreve muito bem.